Natália Marques

Olá! :D
Estamos aqui, de novo. E, dessa vez, trazendo uma entrevista com uma autora simplesmente maravilhosa!    *--* As outras duas autoras que entrevistamos - como vocês devem ter percebido - escreviam mais com o casal Jake/Nessie, mas essa é uma Beward de carteirinha! rs. E ela é... Natália Marques! Sério, quem, pelo menos, nunca ouviu falar de A Infiltrada? Ou ainda de De Repente Religiosa? Ou, quem sabe, de Todo Mundo Pode Ter um Edward Cullen, e As Promessas que Devemos Cumprir que, apesar de não serem muito conhecidas, são muito perfeitas também? Pois digo a quem não conhece: você está perdendo a oportunidade de ler fanfics dignas de livros!
Aqui mando o perfil dela no Fanfiction Net, onde ela estão todas histórias citadas: http://www.fanfiction.net/u/1807050/Natalia_Marques


:D

O que te leva a escrever?Essa pergunta me fez ficar filosofando. Eu acho que o que me leva a escrever é a necessidade de colocar minhas idéias para fora, de criar um mundo só meu, onde eu tenho o poder de fazer o que bem entender com a história e suas personagens. Também um modo de escapar um pouco de minha realidade, como se eu estivesse assistindo a uma novela, vendo a vida de outras pessoas, mas onde a autora seja eu. Essa pergunta me pegou um pouco de baixa guarda, agora ficarei pensando bem sobre isso e depois dou uma resposta melhor.

Alguma vez você já desistiu de escrever - ou publicar- alguma fic por medo da reação das pessoas?Não, nunca desisti de publicar com medo da reação das pessoas. Já tive inúmeras idéias e somente algumas mais sólidas que pensei em publicar, mas se não o fiz foi porque eu não me satisfiz com elas, sabia que não ficaria feliz em sua continuação. Eu sou minha maior crítica, e a partir do momento que eu estou feliz com algo que escreva, não importa o que o resto do mundo vá pensar, eu estou bem.

Mas eu já desisti de uma fanfic no meio. Era a “Observer Host”. As pessoas não gostaram muito, mas mesmo assim, acho que parei porque não me sentia feliz escrevendo-a... Ficou aquela obrigação. E eu também gosto de fanfics que tem muitas personagens, situações e coisas diferentes, porque é melhor de escrever. Infelizmente, Observer Host não foi uma fic que vingou.


Qual seu livro favorito?Vixi, essa pergunta é bem difícil. Eu leio basicamente desde que aprendi a ler e inúmeros livros já passaram por minha cabeceira, portanto não poderei citar um apenas, desculpe. Eu amo a série Vampire Academy e Harry Potter, mas esses são normais. O que eu gostei muito foi “O retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde. Não é romântico, a escrita é meio rebocada demais, e algumas vezes você fica com sono, mas esse é aquele tipo de livro que você termina e fica meia hora olhando para a última folha embasbacada, além de nos ensinar muitas coisas valiosas.

Você como leitora, já houve alguma fic que te ensinou algo, que levará para toda a vida?Qual? E o que ensinou?Sim. “Hitched” me ensinou a nunca ficar bêbada em Las Vegas. Você pode acordar casada e grávida de gêmeos.


Qual à hora certa - se houver- de uma leitora se transformar em autora?O negócio é o seguinte: Em minha opinião para ser uma BOA autora, você tem que ser uma boa leitora... DE LIVROS! Sabe aquele papo de professor de português? Quanto mais você lê, melhor você escreve? Então, é isso. Acabou. Não adianta você ficar lendo fanfics e achar determinada hora que está pronta para escrever. Você pode ler fanfics, mas além da diversão, isso não acrescenta muito na hora de começar a escrever. Por quê? Para ter uma boa história, você precisa de algo original e você NÃO vai aprender a escrever lendo fanfics!

Resumindo, você pode nunca ter escrito uma, mas pode escrever, pois é como um livro. Se você escreve bem, não importa o quanto de fanfics que você leia, já era. Combine isso a um bom enredo e está aí uma fanfic de sucesso!


Uma história cativante deve ser rica em que elementos em sua opinião?Uma história cativante deve ser uma mistura de todos os elementos que você possa usar em uma história. Pegue tudo em uma mesma quantidade, misture bem e bote no forno. Para mim essa é a receita de uma história cativante.

O que é mais real : Uma relação de amor e ódio mutuo ou um amor sem limites e eterno?

Entre as duas, amor e ódio mútuo. Porque por mais que nós queiramos que o mais real seja amor sem limites e eterno, não é bem assim (a não ser com Edward).

De onde veio a inspiração para o bordão do novato Whitlock, em A Infiltrada?
“Filho de um pai”, o bordão de Jasper, não foi criação minha. Em algum ano por aí eu estava assistindo ao especial de Natal de Madagascar. Aí tem uma hora que o esquilinho, coiote, enfim, um animal fala “mas que filho de um pai”. Eu lembro que eu rachei tanto, mais tanto, que quando escrevi AI eu tive que colocar. Mas as derivações como “filhodopaimente” são de minha autoria.


Você não sentiu meio que um baque na mudança de De Repente Religiosa, para A Infiltrada? Quero dizer, a personalidade do Padre Edward e do General Cullen são bem distintas, você não sentiu dificuldade em mudar tão drasticamente assim?
Não, não tive não. Foi bem gostoso na verdade mudar um pouco. De DRR para trás eu sempre escrevi Edward’s bonzinhos e tudo, o máximo que tinham era um pouco de cafajeste, mas com o general... Ah, aí sim eu explorei o mundo dos anti-heróis, e confesso que AMEI!

Você se baseou em alguém para compor o Padre Edward, de De Repente Religiosa?
Sim. Eu tenho um pouco de vergonha, mas foi no padre Fábio de Melo. Estava eu assistindo TV, e passou aqueles comercias de propagandas da Som Livre, sabe? Aí eu o vejo e penso comigo mesma “nossa, como ele é bonito, imagina se o Edward fosse padre?” Aí, como vocês sabem, nasceu o monstro.


Você prefere uma história clichê bem escrita, ou uma história original e inovadora mal escrita?
Sem dúvida original inovadora e mal escrita! Ok... Depende do nível de deformidade da escrita. Têm algumas por aí que dá para codificar de boa, mas tem outras que é preciso pesquisar no Google. Um exemplo de história original, inovadora, mal escrita que dá para acompanhar é “Como conquistar um garoto de programa”.


A relação ‘amor-ódio’ da Bella e do Edward em A Infiltrada é bem profunda. Você teve a ideia de criá-la por ficar frustrada com todas essas fanfics que tentam retratar o mesmo, mas que logo se esquecem do quesito ‘ódio’ no primeiro beijo dos principais?
Também, mas foi mais por frustração das histórias de amor a primeira vista e aquelas que quando o amor acontece fica aquela baboseira que é bem difícil acontecer na vida real (meu namorado que o diga!).


 Como você se sente com A Infiltrada sendo considerada por muitas a melhor fanfic que já leram?
Eu fico me achando muito! Brincadeira. Eu fico bem feliz com isso e muitas vezes nem acredito. E algumas vezes quando releio o que já escrevi e fico emo por causa dos erros que encontro ou das coisas que poderiam ficar melhores eu me pergunto “o que esse povo anda lendo nesses dias?”


Como você descreveria seu crescimento como autora, desde a sua primeira fanfic?

Um crescimento bem... Alto. Quando escrevi minha primeira fic “As promessas que devemos cumprir” se eu tivesse dois leitores eu estava pulando de felicidade e ligando pras tias saberem e ficarem orgulhosas. E os leitores foram aumentando... Aumentando... E hoje estou com mais de dois mil! Eu melhorei muito minha escrita, vocabulário, e aprendi muitas coisas sobre “o que deve ou não deve escrever”. Comparando com dois anos atrás, houve um enorme crescimento. Até comparando com dos capítulos atrás, tem um bom crescimento.

Em algum momento, você sentiu receio em postar A Infiltrada, por não ser aquele tipo de romance meloso que várias pessoas preferem? Ficou com receio da história não ser bem aceita?
Não. Como já disse, eu estava escrevendo algo que eu gostaria de ler e que estava feliz escrevendo, portanto pouco me lixava pelas opiniões alheias. Mesmo no começo, recebi MUITAS críticas, mas mesmo assim continuei e hoje AI chegou onde chegou.

O final de As Promessas Que Devemos Cumprir foi bem inusitado e criativo. De onde veio a ideia para fazê-lo?Eu meio que me esqueci do final de APDC, mas me lembro de algumas coisas. De onde veio a idéia? Se eu te responder que não me lembro, você acredita?

Natália Marques é uma pessoa em busca de...?Equilíbrio na vida.

Já teve algum personagem de fanfic - sua ou de outra autora mesmo - que te deixou suspirando? Sim! O mafioso de “Entre a nobreza e o crime” da Jane Herman.

Bem, é isso (: De verdade, se você - que está lendo - ainda não leu nenhuma história dela, corre lá e dá só uma espiadinha, tenho certeza que vai amar! :D

PS.: as autoras que foram sugeridas vão ser entrevistadas, sim. Mas é que a gente já tava com essa entrevista há bastante tempo :P rs.

Continuem sugerindo autoras e perguntas!